domingo, 22 de dezembro de 2013

100 dias!


Hoje faz 100 dias que cheguei.
Vim pra estudar, mas além da universidade, cada dia é um aprendizado. Eu vi, aprendi, fiz e vivi muita coisa.
Em 100 dias vi mais coisas que no último ano e cresci.

Vi a temperatura mudar de 40ºC pra 10ºC e aprendi a conviver com o frio.
Aprendi a lavar, passar e limpar melhor.
Melhorei minhas habilidades na cozinha.
Aprendi a resolver meus problemas sem ajuda de outras pessoas.
Viajei sozinha, saí sozinha.
Me encantei por algumas cidades.
Vi a neve pela primeira vez.
Conheci novas culturas e pessoas diferentes.
Aprendi a língua de sinais, quando as palavras que eu sabia em espanhol não eram suficientes.
Aprendi a perder a vergonha quando preciso.
Descobri o real significado da saudade. E chorei.
Já briguei e já fiz as pazes. Comigo mesma e com os outros.
Sorri.
Me perdi.
Me encontrei.

No início o tempo passou devagar e a adaptação não foi tão fácil. Perto de completar um e de completar três meses foram os momentos mais difíceis... Deu saudade tão grande que pensei em voltar mais cedo, mas resolvi aguentar até o final. Obrigada a todos que me deram força.

Mas agora que já passei da metade, não quero que acabe! Pois vivi momentos incríveis e conheci pessoas maravilhosas.


Algumas coisas mudaram e outras nunca vão mudar, eu vou ser sempre eu na essência, só vou me adaptando e me moldando, agora ao dia a dia sevilhano.

Obrigada às pessoas que me apoiam, mandam beijos e abraços. Quando voltar, eu quero todos! Hahaha.
Obrigada aos meus pais que me apoiaram e a todos aqueles que deram algum empurrãozinho pra tornar esse sonho possível.

Agora olho pra trás e vejo aquela menina de 14 ou 15 anos, que sonhava em fazer intercâmbio, que economizou o que pôde e que tentou convencer os pais tantas vezes!
É menina, você conseguiu realizar seu sonho!

Agora vou lá, vivê-lo um pouquinho. Nos vemos em 75 dias!



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Viagem #1 - Descobri que amo Paris (parte 3)

Ta bom. Vou tentar resumir ao máximo tudo sobre Paris... Eu tenho que escrever outras coisas ainda e to enrolando...

Bom, no terceiro dia, pegamos um trem e fomos ao Palácio de Versalhes, onde viveu Luís XIV, Maria Antonieta, dentre outros personagens famosos que vemos em livros de história. Que lugar lindo! Mas quem não conhece nada disso também não vai mal, eles disponibilizam radinhos (grátis!) que explicam tudo pra gente, e tem em português! Alem do palácio ser organizado com uma "rota" numa única direção. Assim dá pra ir tranquilo, sem guia nem nada, e entender tudo.



O Palácio tem um jardim e um lugar chamado "Domínio de Maria Antonieta", mas a gente não foi, estava muito frio naquele dia. Tava doendo as mãos pra tirar fotos de tanto frio, foi a temperatura mais baixa que eu peguei, mas eu não sei exatamente quanto estava. O jardim é lindo e bem grande e dizem que fica mais lindo e florido na primavera e no verão.




De lá fomos à Saint-Chapelle, uma capela de arquitetura gótica, construída no século XIII, mas não entramos.Fomos à Saint German des Prés, uma paróquia (localizada num bairro com o mesmo nome) que antes de era uma abadia, uma espécie de mosteiro católico medieval. Hoje em dia, desse grande complexo só resta a paróquia, onde está sepultado René Descartes, um grande filósofo francês.





Depois fomos à famosa Pont des Arts, cenário de uma recente e famosa tradição para os casais que vão à Paris, onde se prende um cadeado com o nome do casal à ponte e se atira a chave ao rio Sena, simbolizando o amor eterno para o casal.

Ao final daquele dia ainda demos uma passadinha nas duas históricas universidades: Université Paris-Sorbonne e Université Paris Descartes.




No nosso quarto dia fomos ao Moulin Rouge, um famoso e tradicional cabaré que ainda hoje exibe apresentações. Não pudemos entrar, pois se entra apenas para ver os espetáculos (que custam por volta de 100 euros, se não em engano), e talvez todo seu glamour esteja na parte interna, pois na parte externa não há muito o que se ver...





Seguimos pelos arredores dali passando por muitos espaços que foram cena do filme "O fabuloso destino de Amelie Poulan", passando pela cafeteria (e aproveitamos pra tomar um café) onde a personagem trabalhava.



Depois fomos à Basílica de Sacre Coeur, construída em mármore e localizada no topo de um monte muito íngreme, possui uma vista que abrange toda a cidade de Paris, isso se não tiver chovendo. No nosso caso, as nuvens atrapalharam um pouco... Há muitos caminhos pra chegar lá, o mais indicado é pegando um teleférico, que tem o preço de um bilhete do metrô. Pode-se visitar a igreja, mas infelizmente não se pode fazer fotos, e os espertinhos que tentam fazer escondidos são reprimidos pelos próprios fiéis.

Depois fomos no Place du Trocadéro, uma praça que tem a vista da torre Eiffel e uma enorme fonte, a fonte de Varsóvia.





De lá fomos à ponte Alexander III, que seria mais uma das diversas pontes que cruzam o rio Sena, se não fosse parte do conjunto arquitetônico que abrange o Grand Palais e o Petit Palais, ela é composta por estátuas de querubins, ninfas e cavalos alados dourados que a decoram.



Cruzando-a fomos ao Grand Palais e ao Petit Palais, que abrigaram a Exposição Universal de 1900 e ainda hoje outras exposições.


No fim do dia, passamos no Café Charbon, onde compramos os tradicionais Macarons.








No quinto dia, fomos a alguns museus, como o Hôtel National des Invalides, foi construído para abrigar os veteranos inválidos das guerras que não tinham onde morar. É um grande complexo e uma parte dele é onde estão os restos mortais de Napoleão, que tem um lugar de destaque imenso.







Depois fomos ao museu Rodin, que alem de outras obras de Auguste Rodin, está a famosa estátua O Pensador.


De lá fomos ao museu d'Orsay, um grande museu que abriga inúmeras obras impressionistas como as de Seurat, Van Gogh, Manet, Monet, dentre outros. É muito legal você poder ver ao vivo as pinturas que você estudou, principalmente as de pontilhismo que eu acho muito interessantes! O espaço é imenso, mas não se pode fazer fotos, ele era uma antiga estação ferroviária.






Fomos à Place de la Bastille, onde hoje há uma espécie de memorial, antes se localizava a famosa prisão da Bastilha, que estudamos na escola pela sua grande tomada, que impulsionou a Revolução Francesa.







Pra finalizar, fomos à casa de Victor Hugo, o grande escritor francês que escreveu, dentre outras obras, Os Miseráveis.









No meu último dia em Paris, não poderia deixar de subir na torre Eiffel, foi algo como 13 euros para subir até o topo, também dá pra subir até a metade. Que vista linda! Dá pra ver a cidade inteira, eu acho que vale muito a pena.





 Torre Eiffel de cima pra baixo.





Depois fomos para à Igreja de Madeleine, mas infelizmente estava sendo reformada e a estátua principal tinha sido retirada para ser restaurada. :/







Ali perto está localizada a primeira loja da Chanel, e fomos lá dar uma olhadinha, mas não tem nada de especial pra falar a verdade. E o número não é mais o 5, hoje em dia ocupa diversos lotes.




Passamos também pelo Palais Garnier, uma casa de ópera com estilo neo-barroco, fundada no século XVII.





Pra finalizar fomos à Galerie Lafayette, que abriga lojas com grandes nomes... Tudo meio caro pra mim, mas ali foi minha despedida. O último lugar que fui de Paris, me despedi das meninas, passei no hostel pra pegar minha mala e segui pro aeroporto, eu estava muito encantada pela cidade, mas também cansada. Então, voltei dormindo até Sevilha.

Com isso, termino as postagens sobre Paris. :)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Viagem #1 - Descobri que amo Paris! (parte 2)

Bom, aqui vai a segunda parte sobre a viagem a Paris...


No segundo dia de viagem fomos a lugares lindos também, caminhando do Hostel até cada um deles. A partir desse dia parou de chover, mas o tempo continuou nublado e frio, o que não nos impediu. Andamos pelas pequenas ruas, onde passavam apenas bicicletas  e carros muito raramente. São tão bonitos os prédios, com poucos andares e com telhados diferentes, meio cena de filme, sempre tem muitos cafés.



Primeiro fomos à Place du Pantheon, mas não entramos, uma praça onde está o panteão de Paris, que é como um mausoléu de gente importante. Até me arrependi de não ter entrado, pois ali estão sepultados Victor Hugo (o cara que escreveu Os Miseráveis), Voltaire e Rosseau (alguns dos filósofos do iluminismo), além de ver a beleza do estilo neo-clássico do monumento.
Nessa praça também estão localizados a Igreja de Saint-Étienne-du-Mont, a Universidade de Paris, dentre outros edifícios.



Dali, fomos ao Jardim de Luxemburgo que é um enorme parque público, onde está localizado o Palácio de Luxemburgo, sede do Senado da França. Em geral, lotado de flores e pessoas, mas naquele dia estava vazio, com poucas pessoas apenas de passagem, muitas cadeiras vazias e árvores com folhas caindo, muito cara de outono europeu. E novamente, a companhia deu a graça ao lugar!


Palácio de Luxemburgo






Depois fomos caminhando mais e chegamos na famosa Catedral de Notre-Dame, ela tem o estilo gótico, é imensa e bem bonita. Estava acontecendo uma missa, achei estranho, em plena quinta-feira, às 11 horas da manhã e ela lotada, imagine no domingo! Mas o legal foi que teve toda aquele climão, sabe? Com órgão tocando, velas e a coisa toda.Todos cantando, até batendo palmas, muito bonito. Sabe uma coisa que eu adorei nela? Os vitrais! São maravilhosos!









Por ali paramos pra almoçar, não é barato pra comer em restaurante em Paris, você gasta em média uns 15 euros, o que dá mais de 45 reais! Sem contar a bebida! Então comemos um baguete e eu tomei uma Coca-cola Cherry (de cereja). Ela é um pouco mais doce do que a normal, mas eu gostei...



Dali iríamos para o grandiosíssimo Museu do Louvre. Não sei o preço, porque como a gente é morador da união européia com menos de 25 (ou 26, não lembro) anos, a gente não pagava! Quer coisa melhor?! Fomos logo pra onde estava a Monalisa. Ela fica sozinha numa parede imensa, e é um quadro pequeno. Eu nunca dei tanta bola pra ela, e nem acho misteriosa, mas precisava ter uma foto com ela! Hahahaha.
Engraçado é ver o pessoal se espremendo pra tirar uma foto do lado dela, quase ninguém realmente pára pra admirar a obra...
Ali que eu percebi que não só o Louvre, como toda a cidade de Paris, estão lotados de asiáticos que vem em excursões e que chegam de repente lotando um ambiente onde você estava sozinho...
Mas o Louvre é muito mais que Monalisa, tem diversos quadros, estátuas e artefatos, tem outros famosos como a Vénus de Milo ou a estátua de Psiquê revivida pelo beijo de Eros, entre outras coisas. Tivéssemos mais tempo, eu passaria o dia ali olhando tudo com calma.
O ruim é que tudo está escrito em francês, se você quiser entender tudo tem que alugar um radinho que diz o que são as coisas no nosso idioma...
A entrada se dá naquela piramide de vidro. A fila em baixa temporada é grande, não quero nem ver no verão. Acho uma boa ir na baixa temporada pra lá, pois tem menos gente e menos fila, o que dá mais tempo pra ver tudo. E prepare os pés, porque o museu é grande mesmo, mas vale a pena!



[CONTINUA...] Vou ser sincera, tem tanta coisa a dizer que vou falar sobre Paris em uns 7 posts mais ou menos... Hahahaha. Sejam pacientes, por favor!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Viagem #1 - Descobri que amo Paris! (parte 1)

Finalmente tomei vergonha na cara e resolvi escrever, demorei um pouco pela preguiça e também pela correria. Se você viaja uma semana, quando volta tudo está acumulado...
Mas aqui estou pra falar sobre Paris! Confesso que agora eu gosto muito mais do que antes de ir, é que eu pensava: "ah, poxa, lugar clichê, os mesmos lugares que todo mundo vai, tirar aquela fotinha básica em frente a torre e ok".

Entretanto, essa cidade me surpreendeu tanto que posso dizer que amo, que é uma das cidades que eu mais gostei de ir na vida e que voltaria com certeza (se houver grana).
Agora talvez eu esteja gerando uma expectativa grande pra quem nunca foi, e, nesse caso eu sugiro que você mantenha suas expectativas medianas e deixe-se surpreender pela cidade luz.
A cidade mantém seus ares românticos, não é a toa que ela é tão procurada pelos casais, e se um dia voltar lá, quero voltar acompanhada. Mas a minha companhia dessa vez foram pessoas maravilhosas, que ajudaram a compor as mais de 1000 fotos que fizemos e que buscaram na internet todos os lugares que a gente nem imagina que existiam.
Eu fui sozinha, para encontrar com o pessoal no Hostel, e fiquei meio perdida, meio boba e com um pouco de medo quando cheguei. Por sorte, alguns brasileiros me ajudaram e me explicaram como funcionava o metrô (é bem fácil) e eu que nunca andei muito sozinha nem no Rio de Janeiro, me encontrei facilmente ali.
Quando encontrei com o pessoal a gente decidiu ir a Torre Eiffel, já estava escurecendo, mas este é um ponto que vale a pena se ver de dia e de noite, de baixo para cima, de cima para baixo, por dentro e por fora!



Pegamos o metrô (o meio de transporte mais indicado) e saímos numa estação não muito distante. Logo depois lá estava ela, toda acesa, brilhando entre algumas árvores. Quando vimos, começamos a gritar e pular de euforia e apontar para ela, ainda distante. E depois chegamos abaixo. Cara, ela é bem maior do que eu esperava.
De noite tem uns momentos em que ela brilha de uma forma linda, e lá fomos nós de novo, eufóricos, apontando pra ela! Hahahaha.








Ainda fomos ao Arco do Triunfo, mas só o vimos de longe, todo aceso e imenso também. Quando, de repente, veio um monte de gente, com farda, sem farda, adultos, idosos e crianças, com muitas bandeiras da França. Pararam o trânsito por alguns minutos da rua entorno do monumento, que em condições normais é impossível de se atravessar. A guarda de transito auxiliava e depois punha pra fora os turistas para que o trafego voltasse ao normal. 




Depois fomos caminhando pela famosa Avenue des Champs-Élysées, uma avenida que é muito conhecida por abrigar as lojas mais caras, entre outras coisas (que eu não ligo). Ali tomamos um chocolate quente e nos despedimos do nosso primeiro dia.






[CONTINUA...] Esse post ia ficar gigante, então dividi ele pra não dar tanta preguiça de ler... ;)